Por Eugênio Gomes
Para todos, que acompanharam a final do estadual em seu segundo jogo, ficaram agraciados com tamanha festa e ótimo jogo proporcionados por ambas as equipes.
Taticamente, podemos falar que o ABC foi superior em muitos aspectos. Sem tirar o mérito de ninguém, mas o alvinegro soube aproveitar os erros permitidos pela equipe americana e venceu com louvor. Para a surpresa de muitos, o time preto e branco iniciou com o posicionamento com a bola e sem a bola, na mesma formação que empatou o último jogo entre as equipes: 5-4-1 sem a bola com linhas baixas e um 3-4-3 com a bola em transições ofensivas rápidas, aproveitando bastante as costas dos dois laterais americanos. Mas, com um diferencial: Varão como um lateral-direito sem a bola e um ala com a bola. Justamente nessa movimentação que saiu o primeiro gol da equipe americana.
Com a saída de Rafael e consequentemente o deslocamento de Varão para o meio de campo, o time cresceu bastante. Ao meu ver, foi o único ponto a se criticar das opções do professor Fernando. No geral; a equipe foi melhor; mais eficiente e mais aguerrida. Taticamente muito superior.
Postei em meu Twitter na noite de ontem que, a melhor solução para o América seria deslocar Juninho para o lado direito; algo que foi somente feito quando a fatura já estava liqüidada. A troca de Willian por dentro e Araújo por fora, com a bola, no 4-4-2, tirou ambos do jogo. O América não teve a participação de nenhum deles, somente no lance do penal. Foram dois jogadores anulados por tal posicionamento. Juninho e Bebeto possuem as mesmas características e o meio campo ficou muito preso, sem criação.
Com uma equipe que possui transição ofensiva rápida, a transição de uma determinada equipe ser lenta, prejudica totalmente a recomposição defensiva. Esse ponto foi algo bastante visto na partida de ontem. Wallyson como “falso 9”, flutuou entre 4 atletas alvirrubros, sendo os dois zagueiros e os dois volantes. Kelvin atacou muito bem o espaço entre volante/lateral e as costas do lateral-esquerdo. Fábio Lima fez a mesma coisa pelo lado direito. Na teoria, o 4-4-2 seria benéfico para preencher o meio, mas faltou a leitura de entender que, no 3-4-3, o ABC utiliza bastante os seus homens de lado e apoio dos laterais.
Uma equipe com fome de vitória e taticamente superior, venceu a que possuiu menos mudanças e aquela que manteve um padrão a ser construído.
5 Comentários