O presidente da comissão de arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Wilson Seneme, anunciou, na quarta (5), as principais mudanças que serão aplicadas na disputa pela Série A do Brasileirão 2023.
Comunicação dos árbitros em áudio e vídeo para todo o estádio após revisão no VAR, redução no número de atletas no aquecimento, aumento nos acréscimos das partidas e cartão amarelo para reclamações na checagem do vídeo são algumas das medidas.
Decisão da arbitragem após checar o VAR será comunicada para o estádio.
“A arbitragem vai comentar, em breves palavras, a decisão técnica e disciplinar, se foi cartão ou não, se foi pênalti ou não. Ou se ele mantém a decisão dele. Isso será transmitido no telão e é importante para quem está no estádio e quem acompanha pela TV. Mostra transparência e respeito muito grandes. Estamos preparando os árbitros de elite para não cometerem nenhum equívoco também na hora de se expressar”, disse Seneme, durante pré-temporada no Rio de Janeiro para árbitros e assistentes que deverão atuar na Série A do Brasileiro.
Até sexta-feira (7), 84 árbitros passarão por treinamentos, e na próxima semana, a mesma quantidade receberá as mesmas orientações. Os árbitros da CEAF-RN, Flávio Barroca, Jean Márcio e Caio Max participam dos treinamentos nesta semana. Luís Carlos e Pablo Ramon participarão da segunda turma, entre os dias 10 e 14 de abril.
Sempre que a linha do atacante ficar sobreposta à linha do zagueiro, o lance será legal, beneficiando o time que marcar o gol
“Quando as linhas estiveram lado a lado, mesmo que encostadas, continuam valendo a cor. Mas quando sobrepuser uma a outra ela fica numa cor única, azul, e beneficia o ataque. Isso vem de encontro a uma solicitação dos clubes no ano passado. Aquela precisão do momento em que o jogador bate na bola para fazer o lançamento é praticamente impossível de captar”, destaca o presidente da comissão de arbitragem.
Se o jogador for atrás do árbitro na checagem do VAR, leva cartão amarelo
“A FIFA está preocupada com a ação de jogadores e técnicos para pressionar a arbitragem. Esse ponto foi tocado no seminário de Madri. A gente precisa ter um ambiente limpo e controlado. Dando um exemplo prático: toda vez que o árbitro for fazer a revisão do VAR e o jogador for correndo atrás do árbitro, receberá o cartão amarelo. Na zona de revisão, se tiver alguém perturbando ele, também vai mostrar o cartão amarelo”, explica Seneme.
Acréscimos serão mais rígidos, com tempo de comemoração de gols, por exemplo
“A Copa do Mundo é uma referência também para a arbitragem. Acréscimo por comemorações de gols e marcação de pênalti, quando o árbitro, para fazer toda a gestão, gasta no mínimo um minuto. Só esses dois exemplos, se levarmos para os jogos, temos mais alguns minutos de acréscimos desses tempos que antes os árbitros não tinham em conta e agora precisam estar atentos para repor”, explica.
Apenas seis jogadores serão autorizados no aquecimento, com revezamento e rodízio para ter melhor controle
“O preparador físico que fará a gestão desse rodízio. Com parte dos jogadores no banco fica mais fácil de se controlar possíveis reclamações”, apontou Wilson Seneme.
1 Comentário