A atual gestão da CBF foi detonada pelo Ex-Secretário Geral, Walter Feldman. Ex-político de carreira, Feldman ficou seis anos na entidade, participando do mandato do presidente afastado Rogério Caboclo, por denúncias de assédio contra uma funcionária da CBF.
Feldman disparou contra Ednaldo Rodrigues, ex-presidente da Federação Baiana e eleito novo mandatário da CBF.
“Ser presidente da CBF é o melhor cargo do Brasil. Tem bom salário, perspectiva de viajar o mundo inteiro e boas relações institucionais. Ednaldo caiu de para-quedas. Não tem nenhuma decantação histórica para comandar o futebol brasileiro. Faz críticas enormes ao passado porque sabemos que não há um projeto para o presente. Convivi com o Ednaldo por vários anos. Era uma figura de segundo escalão. Nunca teve uma presença marcante e papel determinante. Nos seis anos que eu estive lá, Ednaldo elogiou muito a gestão passada, mas quando assumiu deu uma guinada de comportamento e passou a criticar tudo do passado. Ele não gostava do meu comportamento porque eu atendia os presidentes de clubes de futebol de todas as divisões. A prática na CBF é atender apenas as federações”, afirmou, em entrevista exclusiva à Rádio Bandeirantes, com a presença do blog do jornalista Alexandre Pratzel.
Feldman ainda lamentou o fato dos presidentes de clubes aceitarem uma proposta de Ednaldo, por um suposto apoio à criação da Liga.
“Ednaldo é, infelizmente, um fenômeno triste que não tem condição de assumir o futebol brasileiro. Ednaldo nunca quis receber os dirigentes porque sabia que eles queriam a criação da Liga. Após minha saída e vitória do Ednaldo, ele articulou o apoio dos clubes contando que eles abrissem mão do voto ponderado. Os clubes perderam a grande chance de alterar o sistema de eleição do presidente da CBF. Erraram profunda e historicamente. Hoje estou muito triste porque só vejo erros e muitos problemas. Ednaldo só elogiava a gestão passada e o comentário interno é de que ele seria o preferido do ex-presidente Ricardo Teixeira”, concluiu.
Em nota enviada à Rádio Bandeirantes, copiada ao blog, o presidente Ednaldo Rodrigues lembrou dos seus feitos no futebol baiano, com 18 anos à frente da entidade. Entre rebatidas e ironias direcionadas a Feldman, Ednaldo bateu forte com uma frase atribuída ao ex-secretário.
“Quero registrar que o caráter de Feldman se revela em uma frase sua para uma ex-colaboradora da CBF, quando alegou ter sido assediada moral e sexualmente pelo ex-presidente Rogério Caboclo. O ex-secretário-geral, procurado por ela, lhe disse: “Minha filha, releve! Isso só parte dos gênios e o nosso Presidente é um gênio”. A comprovação está no processo da comissão de ética do futebol brasileiro”, encerra a nota.