Clubes gaúchos das Séries C e D se organizam para voltar a competir
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Clubes gaúchos das Séries C e D se organizam para voltar a competir

Correio do Povo

Ao todo são seis representantes do Rio Grande do Sul nas Séries C e D do Campeonato Brasileiro. Metade em cada uma, divididos também não somente pelo nível de prejuízo com as chuvas no estado, mas pela interpretação da decisão da CBF. Até aqui a entidade, que adiou somente os jogos dos gaúchos até o dia 27, não sinaliza com a paralisação das competições depois disso.

Caxias: 16º com 1 ponto
A região da Serra foi uma das primeiras afetadas com as chuvas. Os jogadores vinham trabalhando somente na academia. Houve invasão de água no vestiário, mas o gramado está em condições. O clube é a favor da paralisação das próximas rodadas. “Pelo menos para equalizar tecnicamente. Com quatro jogos adiados, seria uma maratona. Temos mais esperança do que possibilidade de ver o adiamento”, admite o presidente do Caxias, Mário Antônio Werlang, que não descarta o Centenário servir de palco para os jogos da Dupla Gre-Nal nas próximas semanas.

São José: 19º com 0 ponto
Mesmo com a zona norte da Capital afetada, o estádio do Passo D´Areia não foi atingido. A água ficou distante uma quadra do local. O clube esteve sem luz, água e internet, mas na segunda-feira deve retomar as atividades. Os treinos têm sido facultativos, pois há jogadores e membros da comissão técnica sem condição de deslocamento. Esse aliás, é o temor do clube caso a CBF não pare o campeonato, pois a companhia de aviação que opera os voos com passagens pagas pela entidade não opera em Caxias do Sul, atualmente o local mais próximo. “O nosso problema são em jogos fora. O nosso estádio está em condições, mas qualquer viagem para fora do estado começaria por sete horas até Florianópolis para pegar um voo” explica Nilton Batista, executivo do Zequinha.


Ypiranga: 7º com 6 pontos
Erechim e região sofreram pouco com o clima. A situação é tranquila na tabela e na rotina do time. As atividades têm ocorrido normalmente. Em tese, assim como o Atlântico, equipe de futsal da cidade disputa a Liga Nacional, o Canarinho teria condições de seguir jogando, pois o aeroporto permanece em funcionamento. O clube, no entanto, entende a decisão da CBF.

Série D: três rodadas disputadas e só uma com os gaúchos no Grupo A8


Avenida: 7º com 0 ponto
Chovia na região de Santa Cruz do Sul antes mesmo do início do Campeonato afetando os treinos do time. Atualmente, o grupo trabalha em campos alternativos uma vez que o gramado do estádio Eucaliptos está muito molhado. O clube é contrário à paralisação da competição, entende a decisão da CBF, mas enxerga problemas no futuro. “Há datas para remarcar os jogos, mas estender o calendário para o fim de outubro, novembro implica em uma nova folha de pagamento e haveria dificuldade em arcar com esses salários”, explica Guilherme Eike, assessor especial da presidência.


Brasil de Pelotas: 8º com 0 pontos
A zona sul do estado viu agravada a situação desde o final de semana com as cheias na Lagoa dos Patos. A diretoria ainda não se manifestou sobre a situação atual do Xavante, o que deve ocorrer até o fim da semana.


Novo Hamburgo: 6º com 1 ponto
O Estádio do Vale abriu as portas para a comunidade da região. O clube ofereceu banho quente e marmitas para os desabrigados desde a semana passada. Na terça-feira foram retomados os treinos, porém com ausências. Dois jogadores não conseguiram voltar de outras cidades no interior em função de estradas interditadas e outros dois de São Paulo tiveram os voos cancelados após informação de tremor de terra em Caxias do Sul, onde pousariam. “A competição vai voltar e se não nos prepararmos, vamos perder duas vezes”, diz Ademir Bertoglio, diretor de futebol do Noia.

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