O esporte brasileiro se despediu de uma de suas maiores lendas: Éder Jofre.
O ex-pugilista morreu, aos 86 anos, na madrugada deste domingo (02), na cidade de Embu das Artes, em São Paulo. Ele estava internado em uma clínica para a o tratamento de uma pneumonia desde o último mês de março, além de ter diagnosticado um quadro de encefalopatia traumática crônica.
A informação da morte do ‘Galo de Ouro’ foi confirmada através de seu perfil no Instagram.
A carreira
Éder Jofre estreou nos ringues em um torneio de boxe amador, em 1953. Quatro anos depois, ele começou no pugilismo profissional, se destacando na categoria peso-galo.
Em 1960, veio o tão esperado cinturão. Até o momento, nenhum brasileiro havia conseguido conquistar um prêmio deste quilate na modalidade. Na ocasião, ele derrotou o mexicano Eloy Sanchez, em duelo realizado em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Dois anos depois, o ex-pugilista unificou o título ao vencer o irlandês Johnny Caldwell, em Ibirapuera, para a loucura dos brasileiros no ginásio.
O lutador só perderia o cinturão do peso-galo em 1965, depois de sete defesas do título, contra o japonês Masahiko Harada. Ele tentou recuperar o posto de melhor da categoria, mas foi derrotado novamente pelo adversário e ficou desmotivado.Com dificuldades para se manter no peso da categoria, o “Galo de Ouro” parou de lutar por três anos.
Em 1969, ele voltou aos ringues na categoria peso-pena, uma acima da que se notabilizou no cenário esportivo.Depois de voltar a ativa, ele disputou o título mundial em 1973 com o histórico adversário José Legra, no Ginásio de Esportes de Brasília, e venceu mais uma vez. O cubano naturalizado espanhol contestou a decisão da arbitragem pela contagem de pontos.
A lenda do esporte encerrou a carreira em 1976, considerado o melhor peso-galo da história do esporte na era moderna.
Éder Jofre venceu 72 lutas, sendo 50 por nocautes, além quatro empates técnicos e somente duas derrotas