Eugênio Gomes
Um grande jogo precisa de grande personagens. E começamos falando sobre os dois treinadores do clássico entre América e ABC, decidindo a final do segundo turno do campeando estadual Potiguar de 2022.
O ABC começou com uma mudança: entrada de Richardson na lateral-direita, no lugar de Luis Gustavo, com o intuito de anular Thiaguinho. E Eduardo na zaga ao lado de Ícaro. O América, manteve o mesmo time do último clássico. As melhores opções estavam à disposição de Leandro Sena.
Como citei em uma breve análise em meu Twitter, a saída de bola com Juninho e a sua aproximação com Téssio e Araújo será algo que iria dificultar ao time alvinegro. Inicialmente, já observamos a troca entre o lateral, vindo por dentro, e o ponta do lado onde a bola se encontra. Essa movimentação é uma arma bem treinada da equipe.
O ABC começou a partida com muita dificuldade. Richardson foi um jogador a menos no momento ofensivo: somente com a incumbência de marcar Thiaguinho (uma das armas de Sena). E foi bem em sua função. O espaço do eixo central, na frente da zaga do ABC continuou durante toda a partida. Fábio Lima somente marcou na primeira etapa. A preocupação com Thiaguinho era tamanha, que ele era o primeiro a combater o atleta americano ao receber a bola. O América foi bem superior na etapa inicial Na segunda etapa, observamos um ABC mais arisco. Com Wallyson, Varão e Kevin participando mais do jogo. Esses atletas fizeram com que; o ABC tivesse uma melhora na segunda etapa. Mas, continua com o mesmo problema que eu tenho citado sempre: a não participação dos volantes na criação do jogo ofensivo do alvinegro. Um problema que já poderemos chamar de crônico. Não protegem e não criam. Aos 18, a mudança de Leandro Sena, sacando Thiaguinho e colocando Luís Henrique dará fôlego novo, já que, Richardson anulou bem o camisa 11. Felipinho não teve um grande dia, anulado por William e com dificuldade com a bola.
As demais substituições foram as famosos “6 por meia dúzia”. Com as expulsões de Zé Eduardo e Jefinho; o clássico se resumiu a um único detalhe. As equipes se posicionaram em um tradicional 4-4-1, utilizado por times que tem atletas expulsos.
Em resumo, o ABC até pareceu jogar pelo empate; visto sua estratégia tática e o América buscou a vitória. O empate teve sabor de vitória não só pelo título, mas pelo futebol apresentado. Lucas Rex, Bruno, Alef; podemos citar grandes nomes da partida. Mas taticamente, o que tem jogado e o que jogou Juninho. Disparado, ao meu ver; melhor em campo.
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