A queda do ABC não surpreendeu ninguém. Em 18 rodadas, o time alvinegro venceu apenas duas vezes e foi para a rodada decisiva precisando de uma vitória dentro de casa, o que seria inédito na atual temporada e ainda precisando da vitória do Botafogo paraibano do Evaristo Piza sobre o Anápolis. Nenhuma coisa e nem outra, e a queda aconteceu. 19 jogos e duas vitórias, não tem o que comentar.
O ABC começou errando com o ex-treinador Ney Franco, tentou equilibrar com Evaristo Piza, voltou a errar com o limitado Rodrigo Santana. Tostão também foi um erro, pois se havia chances ainda que remotas, o ABC deveria ter investido em um treinador experiente, mas enfim, o rebaixamento foi a cronica de uma morte anunciada.
Agnello Gonçalves o Executivo de Futebol, foi outro equívoco, não a contratação em si, mas a delegação de poder que foi dada a ele e falta de critério nas contratações. Agora é juntar os cacos e começar de imediato o planejamento para 2026, a começar pela contratação de um profissional que conheça futebol, a realidade do clube e do calendário que terá pela frente. O ABC não pode esperar e perder tempo, na medida que todo mundo já está mapeando e trabalhando o mercado e a Série D do ano que vem – espero que ainda sem o novo formato absurdo de 96 participantes- está cada vez mais dura. É começar agora a montagem de elenco e comissão técnica.
Entendo que o presidente Eduardo Machado tem obviamente parcela de responsabilidade no fracasso do futebol, mas tem acertos no trabalho de reestruturação e principalmente na coragem de entrar com a recuperação judicial do clube.
Segue o jogo, é desmanchar por completo o elenco que fracassou e buscar recuperar terreno na próxima temporada.
Amanhã (01) Eduardo Machado concede entrevista, espero que para oficializar Gustavo Cartaxo e seguir em frente. Dudu não pode e nem pensar em renunciar ao cargo. Foi eleito presidente, teve uma temporada terrível, mas deve continuar e seguir trabalhando. Ele não foi o primeiro do ABC com um rebaixamento na conta e precisa dar a volta por cima.
E detectar onde errou, reconhecer os erros e bola para a frente. É assim que eu penso e vejo o cenário.
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