A deputada federal Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento imediato do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues. O documento foi protocolado na última segunda-feira (5).A parlamentar pede revisão do acordo, protocolado em março deste ano, que encerra o questionamento do processo eleitoral da CBF. Carneiro também afirma que no documento há uma assinatura falsa do ex-presidente da entidade e vice de Ednaldo em seu último mandato, Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes.
Um laudo pericial relacionado à petição diz que Coronel Nunes não tinha condições físicas nem cognitivas de assinar o acordo. A análise foi feita pela perita Jacqueline Tirotti, contratada pelo vereador do Rio de Janeiro Marcos Dias (Podemos).
A petição da deputada é baseada no artigo 168 do Código Civil, que permite anular atos jurídicos quando há vício de consentimento, em que a vontade não é manifestada de forma completamente livre.
Relator do caso no STF, ministro Gilmar Mendes analisará o pedido. Foi ele quem homologou, em fevereiro, o acordo que validou a eleição de Rodrigues em 2022 e encerrou a ação sobre o processo eleitoral da CBF. Ednaldo Rodrigues foi reeleito por unanimidade como presidente do órgão em março deste ano. O novo mandato irá de 2026 até 2030.
No começo da noite desta terça-feira (6) a CBF em nota afirma que o laudo supostamente asssinado por perito particular, está sendo utilizado de forma midiática
Confira a nota na íntegra:
Diante das recentes notícias veiculadas na imprensa sobre suposto vício de vontade em assinatura constante do acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que reconheceu a legitimidade da eleição do presidente Ednaldo Rodrigues, a CBF esclarece que ainda não teve acesso formal ao referido laudo pericial, supostamente asssinado por perito particular, que está sendo utilizado de forma midiática e precipitada, em verdadeira espetacularização que atende a interesses nada republicanos e aparentemente questionado por terceiros absolutamente estranhos ao processo.
A CBF enfatiza que todos os atos relacionados ao acordo mencionado foram conduzidos dentro da legalidade e com a participação de representantes devidamente legitimados. O processo foi legítimo e teve acordo homologado.
É absolutamente inverdade que esse processo tenha sido reaberto a pedido de uma parlamentar. A CBF confia plenamente na Justiça brasileira e permanece à disposição das autoridades competentes para esclarecer quaisquer dúvidas que eventualmente surjam.
A entidade segue focada em sua missão de promover o futebol brasileiro com seriedade, profissionalismo e respeito às instituições e com absoluta tranquilidade de que todos os princípios de boa gestão e de probidade são diuturnamente respeitados.