A Fifa e a Conmebol demonstraram toda sua insatisfação com a decisão judicial que afastou Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A entidade que dirige o futebol brasileiro recebeu um comunicado, nesta quinta-feira, no qual indica possíveis punições, se for mantida a interferência na CBF. Na visão das entidades, o diretor mais velho da CBF, no caso Hélio Santos Menezes (foto) Diretor de Compliance e Governança, deveria ter assumido a gestão da entidade com a vacância de presidentes e vices, como manda o estatuto da CBF. Assim, a entidade afirma não reconhecer o interventor como representante da CBF, só Hélio Menezes.
Confira o texto traduzido
A Fifa e a Conmebol gostariam de expressar a sua preocupação em relação a estes últimos desenvolvimentos e gentilmente lembrar a todas as partes interessadas relevantes que a CBF tem a obrigação legal de gerir os seus assuntos de forma independente e sem influência indevida de terceiros (cf. art. 14 par. 1 i) e art. 19 dos Estatutos da FIFA). Neste contexto, informamos que, caso as ações tomadas pelas autoridades judiciais competentes sejam consideradas como constituindo interferência indevida no sentido dos Estatutos da FIFA e da CONMEBOL, a FIFA e a CONMEBOL não poderão ter outra alternativa de ação senão aplicar as sanções relevantes sobre CBF, e isto mesmo que esta não tenha tido culpa (cf. art. 14 par. 3 dos Estatutos da FIFA)”, disse a nota.
José Perdiz de Jesus falou pela primeira vez como interventor e presidente em exercício da CBF, nesta quarta-feira, ao emitir um comunicado, no qual afirmou que fará ‘mínima interferência desportiva’. O dirigente teria 30 dias para realizar eleições na entidade, mas Fifa e Conmebol pediram que uma novo pleito só ocorra após visita ao Brasil, prevista para janeiro.
Nesse sentido, para fins de devida diligência e devido processo, a Fifa considera que nenhuma eleição deve ser convocada ou realizada até que uma delegação da FIFA e da CONMEBOL visite o Brasil em janeiro próximo para examinar a situação e discutir o assunto com as respectivas partes interessadas para relatar aos órgãos competentes da FIFA e permitir-lhes decidir sobre as ações necessárias a serem tomadas com o devido respeito aos Estatutos da CBF e à autonomia da associação membro”, informou o comunicado, assinado pelo chefe de associações membros, Kenny Jean-Marie, e pela secretária-geral da Conmebol, Monserrat Jiménez Granda.
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