Nesta quinta-feira (21), antes do embarque do Vasco para Chapecó, para compromisso nesta sexta-feira (22) contra a Chapecoense, na Arena Condá, pela 3ª rodada da Série B, o técnico Zé Ricardo e o capitão Nenê, receberam cobrança forte de integrantes de uma torcida organizada do clube.
Membros da torcida Ira Jovem, uma das principais do clube carioca, aguardaram o ônibus do clube no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e cercaram o treinador, além do gerente de futebol, Carlos Brazil, na saída do veículo. Os torcedores subiram o tom e mostraram sua insatisfação com o trabalho desempenhado pelos dois profissionais.
“Zé Ricardo, o senhor está aqui para escutar. Independentemente de qualquer resultado, não gostamos do seu trabalho. Não sei se tem panela. O senhor não está tendo atitude e cobrança. É você que escala?”, disse um dos membros da organizada.
Jogadores ameaçados
Ídolo do Corinthians, o goleiro Cássio recebeu ameaças de morte nesta quinta-feira (7), feitas supostamente por um torcedor. O jogador foi a uma delegacia registrar B.O. (boletim de ocorrência). Áudios e fotos das ameaças foram enviados ao camisa 12 através do personal trainer de sua esposa.
As ameaças foram feitas pelo Instagram e partiram de um perfil identificado como “$heik Caçador”. Em uma das imagens, aparece um revólver e balas em cima de uma camisa do Timão. “Ou esse vagabundo pede para sair, ou a coisa vai ficar mais embaixo. Pode mostrar, pode mostrar essa p*. Esse é o recado que nóis tá dando” (sic.), diz um dos áudios enviados. A esposa de Cássio também é alvo de xingamentos e já excluiu sua conta da rede social.
Edenilson
O volante Edenilson, do Inter, postou em suas redes sociais um vídeo em que sofre ameaças de um suposto torcedor. Segundo a assessoria do jogador, a gravação foi enviada para um dos filhos do atleta colorado.
No conteúdo, compartilhado por volta das 21h desta quarta-feira (20), o autor, com uma arma na mão, reclama do desempenho do meio-campista dentro de campo, além de proferir frases ofensivas.
Luis Gustavo
O lateral-direito Luis Gustavo, que recentemente deixou o ABC também sofreu ameaças de morte, embora quando convidado a falar sobre o caso preferiu o silêncio, mas o caso foi confirmado pelo repórter Jakson Capixaba da 98FM. Não houve nenhuma manifestação nem do clube, do atleta ou do representante dele.
Até quando? Por enquanto são ameaças, são “cobranças ” de algumas organizadas que se julgam donas dos clubes e que via de regra são acolhidas por dirigentes. O MP vai ficar olhando? A Polícia não vai agir de maneira firme? Vão esperar que os caras saiam das ameaças para a ação? Esperar que um treinador ou jogador seja assassinado?
Um verdadeiro absurdo o que algumas organizadas continuam fazendo no futebol sem que nenhuma ação efetiva seja tomada.
Os profissionais do futebol são cada vez mais reféns de organizadas que ganham espaço nos clubes, que são liberadas para treinos, para cobranças, para ameaças. Uma absurda inversão de valores.
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